Tentou pegar a chuva…

Tentou pegar a chuva…

E passeando em meio ao jardim, encontrou um poema jogado no chão. Pegou-o e, chegando em casa, o leu para os seus. Nele estava escrito:

Tentou pegar a chuva
e entendeu que não precisava
ser proprietário de algo para
usufruir de seus benefícios

Ficou no sol durante muito tempo
e percebeu que aquilo que é bom,
quando demais, pode fazer mal

Correu durante muito tempo
sem descanso e percebeu
que parar é fundamental
para se correr todo dia

Ofereceu ao invés de pedir
e entendeu que vários pedidos
só fazem sentido quando são feitos
para serem doados posteriormente

Pensou sobre a ação
e agiu sobre o que pensou
descobriu que era inútil ter um
sem o respaldo do outro.

Percebeu que agir sem pensar
refletia a infantilidade mas também
que pensar sem agir refletia sua comodidade

Escreveu e considerou:
Escritas são pensamentos que se eternizam
e assim, concluiu que havia tornado seu pensamento
eterno.
Mas não o eterno imutável, antes um eterno que
poderia mudar criando outro eterno não deixando
de ser o eterno anterior.

Viajou por lugares distantes
e constatou que lar é o lugar
onde se sente bem e não onde se mora

E depois de tudo isso, finalizou.
Entendeu que a vida sempre passa
e que o tempo passa muito rápido

e por isso,

Decidiu falar que ama,
Decidiu mostrar que se importa
Decidiu abrir o coração
dando aos mais chegados, acesso às suas portas

E os que ouviram, repensaram suas atitudes. O que leu, reconheceu que poderia ser melhor do que havia sido até então e em um dia nublado,

tentou pegar a chuva e
entedeu que….

Fabrício Veliq
01.02.10 11:12

One comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *