E assim…
E assim, subitamente em uma tarde,
surge uma poesia
Poesia que se manifesta no olhar das coisas,
no arranhar do lápis sobre as folhas
Nasce displicente, sem saber
onde vai chegar…
se em corações que anseiam palavras doces,
ou se simplesmente
nos olhos daqueles que a lerá
Mesmo sem saber o porquê,
insiste em nascer
Insiste em tomar vida.
Vida que só se toma quando lida
por alguém cujo o coração é sensível
Ah que maravilha seria para ela
se da alma a janela,
abrissem-se para a ouví-la cantar
Cantos que libertam a alma,
desescraviza o oprimido,
traz alegria aos corações tristes
ânimo aos aflitos
Poesia que canta a beleza
da vida e do viver
Que ao mundo traz novos olhares
em cada momento de um novo
amanhecer
E assim, calmamente em uma tarde,
se vai uma poesia
Poesia que se esconde no olhar das coisas,
no arranhar do lápis sobre as folhas
Fabrício Veliq
16.09.09 18:26