sobre distâncias não percebidas…
Hoje uma pessoa que gosto muito pediu para que escrevesse sobre a questão do espaço que damos a outras pessoas e que, com o tempo, perdemos a pessoa.
Penso que é muito difícil definir até que ponto devemos deixar a pessoa ir. Não queremos cercear sua liberdade de ir e vir, nem tão pouco queremos dar a idéia que não nos importamos.
Comecei a pensar então sobre a necessidade de se tecer uma linha entre essas duas pessoas, algo que as deixem conectadas de maneira que sempre que se pense que o outro tem sido indiferente, olhe para essa linha e lembre que há algo que os une. Essa linha sendo infinita, dando total liberdade para a pessoa ir aonde queira ir e quão longe queira ir também, sem se preocupar em perder a ligação com quem fica. Ao mesmo tempo deve ser uma linha resistente, que não se arrebente com qualquer pressão que é feita sobre ela.
Pensei então no que seria necessário para tecer essa linha entre essas duas pessoas. Acho que para isso seria necessária a abertura por parte daqueles que desejam tecer a linha. Penso que é nesse abrir-se para o outro, no conhecimento dos defeitos e qualidades é que a linha é tecida.
Penso que a indiferença subjetiva, aquela que o outro sente mesmo a mesma não existindo, surge dessa não abertura, do não saber onde o outro está durante o convívio e da não explicitação do como que se é para o outro, seja por medo, esquecimento, etc.
Assim, uma vez a linha não sendo tecida e, juntamente com a indiferença subjetiva, a tendência é o espaço ficar distante demais para perceber o gesto de quem clama, o olhar de quem chora e muitas vezes a dor de quem vai sem querer ir.
Talvez passe por aí o porquê a distância aumenta tanto e a liberdade é vista como indiferença.
Como digo sempre, pensemos….
Imagem: http://www.flickr.com/photos/mattbell/2216421005/
Fabrício Veliq
05.05.11 – 20:36
Que bom Juju que tem pensado sobre essas questões. espero que o texto tenha cooperado de alguma forma na formulação da idéia..
Saudades de vc também…
Muito bom Fabrício, tenho pensado muito sobre isso também.
Saudades…
Juliene Sena
Grande raquel, que bacana ter pensado sobre o texto. fico feliz que tenha gostado.. quanto a analogia, é uma boa coisa a se pensar.. pensemos sempre..
que bom Cat Paiva. Fico muito feliz por isso. como sempre digo, pensemos
Quando li este texto e neste trecho me chamou muita a atenção: "Ao mesmo tempo deve ser uma linha resistente, que não se arrebente com qualquer pressão que é feita sobre ela".
me fez lembrar sobre o que ta escrito la em lucas 6:46-49 que fala um pouco parecido a este trecho que é sobre os dois alicerces que a pessoa é como um homem quando se constroi a sua casa com um bom alicerce e quando vem a tempestade o rio ela não se abala mas quando não se sabe construir o bom alicerce assim o destroi pois não esta firme como uma rocha (mais ou menos isso) …
COMO O FA SEMPRE DIZ AI PENSEMOSS … ABRAÇOS!!
Att:Raquel
Conseguiu me entender e fazer com que eu entenda o que provavelmente se passa…!Obrigada!;D Cat Paiva