Talvez
Talvez não seja tão difícil quanto parece
nem tão seguro que não se faça a prece,
nem tão sem dor que não se esquece
Talvez não seja tão fácil quanto se pensa
tão pesado que não se aguenta,
nem tão gélido que não se esquenta.
Talvez não seja tão longe que não dê pra chegar
nem tão alegre que não se possa chorar
nem tão triste que não se possa cantar
Talvez não seja tão claro o sino batendo
nem tão feliz os meninos correndo
nem tão óbvia a vida que segue vivendo
Talvez não seja tão inútil parar de correr
nem tão absurdo aos pássaros ver
nem tão insano o próprio viver
Fabrício Veliq
30.05.2010 – 20:31
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