Gosto de pensar em bolas. São objetos bastante simétricos, bem estruturados e rolam facilmente sobre qualquer superfície.
Bolas são esferas. E gosto de esferas. Até a fórmula da esfera aparece de forma simpática na matemática como x²+y²+z² = R².
Quando eu era pequeno, tive muitas bolas. Gostava de brincar com elas. Ficava geralmente o dia inteiro na rua de casa, juntamente com meu irmão, brincando de golzinhos, um toque, cobrança de faltas, acordando o vizinho que sempre se incomodava uma vez que o gol era o muro dele e ninguém gosta de ser acordado às 7 horas da manhã com dois meninos gritando gol.
Brincava em campos de terra, em campos de grama, no asfalto, em ruas de pedra, ou seja, em qualquer lugar que dava. E isso era muito bom
De toda forma, a bola sempre estava presente nos meus dias. Cheguei a ganhar até campeonato de futebol de rua . A alegria do título se comparava à do Barcelona ao ganhar a UEFA.
Mas por que falar sobre bolas?
Gosto de pensar que a vida seria melhor se agíssemos como bolas. Não no quisito de ser mos chutados por alguém e para qualquer lugar, mas antes no quisito de rolarmos bem em qualquer superfície.
A vida é cheia de terrenos. Ora andamos sobre asfaltos, ora sobre ruas calçadas, ora sobre ruas de terra, ora sobre gramas e assim por diante.
Bom quando conseguimos transitar em todos esses terrenos de forma serena e tranqüila.
Bolas são assim. Elas, uma vez que são colocadas em movimento sobre qualquer terreno, rolarão até onde a força aplicada sobre elas permitir. No asfalto rolarão mais que sobre a rua calçada, mas sempre rolarão independente da superfície.
Pense fazer isso com um cubo sobre uma superfície calçada… Ele sempre vai para em alguma pedra mais pontuda.
Por isso que penso que deveríamos aprender com as bolas.
Com seu rolar sobre qualquer superfície, uma vez direcionada e tendo a força certa para alcançar seu objetivo, ela chega nele independente do caminho. Em alguns terrenos com mais facilidades, em outros com mais dificuldades, mas sempre chegam ao objetivo.
Que aprendamos a rolar como bolas em quaisquer superfícies em que a vida nos colocar. E assim, estaremos mais perto da beleza das formas esféricas.
Fabrício Veliq 
02/10/09 10:45

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