Sobre esperas
Estou em um momento de espera.
Gosto desses momentos. São momentos que temos um grande leque de possibilidades.
A espera traz consigo aquela apreensão do que pode ser, aquele entusiasmo de ter o que se espera e a apreensão da possibilidade do não ter. Por isso que digo que é um leque de possibilidade. Pode ser qualquer coisa.
Imagino esse momento como aquele de decisão sobre qual dos caminhos da bifurgação tomaremos. É aquele momento em que se avalia sobre qual caminho seguir. E nesse processo se encontra a espera. É na espera que provamos os sentimentos, provamos as motivações, as constancias, as posições e tudo mais.
O drama da espera é o não saber o que virá. E ao não saber o que virá, a melhor coisa que se faz é ficar parado.
E nesse momento, quando se para, é que se avalia para onde se quer ir.
Muitas pessoas não gostam de parar. Acham que parar é perder tempo e perder oportunidades na vida.
Eu já acho que são felizes esses que encontram os momentos de parar e avaliar para onde se quer ir. Para esses, os caminhos ficam mais claros e as posições mais firmes.
Parar é necessário.
Parar exige uma força muito grande e a disposição de reavaliar os valores e princípios usados até então. Só quando paramos é que podemos decidir para onde ir de forma consciente.
Tão importante quanto saber a hora de parar é saber a hora de deixar de esperar e seguir.
Há os dois extremos. Os que só esperam mais não seguem e os que só caminham e nunca param para avaliar o que tem feito.
Por enquanto estou na espera. Aguardando o momento de seguir…
Fabrício Veliq
25/08/2009