Gosto de pensar na esperança – algumas considerações sobre I Coríntios 13

Gosto de pensar na esperança – algumas considerações sobre I Coríntios 13

Pensei sobre I Coríntios 13. Mais precisamente no último versículo que diz:
E agora permanecem a fé, a esperança e o amor. Desses três, o maior é o amor. Gosto desse versículo uma vez que traz boas reflexões.

Gosto de pensar na palavra esperança. Pensei sobre ela há alguns dias quando uma amiga minha chamada Lisa me falou que estava cansada de ouvir sobre ela.
Uma das definições é que esperança é aquilo que se espera desejando. (não sabia disso até duas semanas atrás. Às vezes, consultar um dicionário é bom para uso de certas terminologias).
Dessa forma, percebemos um mix entre a espera e o desejo. Os dois processos, quando caminham juntos é o que caracteriza a palavra esperança.
Esperança que só espera, não é esperança, é simplesmente comodismo. Desejo que simplesmente passa rápido sem uma espera de sua efetivação também não é esperança, é simplesmente desejo.
Penso que essa definição gera um certo antagonismo uma vez que o desejo é, em sua maioria, afoito, pra ontem, se passa mais de um dia já é demorado demais. A espera, por definição não é afoita, não traz a conotação de ser para ontem e tudo mais. E no juntar dessas duas coisas, aparentemente antagônicas, surge algo que permanece.
Outro ponto que gosto de pensar é que a esperança não somente espera. Ela espera desejando algo. O desejo, por sua vez, serve de motivação para alcançar o algo que se espera. Talvez seja a dança dessas duas palavras que gera a esperança que falamos.
Esperança é como alguém que inicia um empreendimento. Ele deseja que seu empreendimento dê certo, no entanto sabe que precisa esperar certo tempo até que o mesmo dê o retorno financeiro que o motivou a empreender em tal projeto.
Cristo em nós é a esperança da glória. Ao mesmo tempo em que desejamos estar com Ele eternamente, esperamos sua volta para efetivação do desejo.
A fé também permance. Sobre a fé, no blog do Fabiano há uma boa digressão sobre o assunto. Recomendo a leitura do texto

http://veliqs.blogspot.com/2010/02/mais-um-pouco-sobre-fe.html

Ele traz uma excelente explanação bem como uma caracterização da fé enquanto fundamento e não certeza das coisas. Dessa forma, escrever sobre o tema aqui seria mera repetição dessas considerações.

Outro que permanece é o amor. Quanto ao amor, nesse blog mesmo há alguns textos falando sobre esse tema principalmente enquanto princípio motivador de ações. Como exemplo, cito http://coisasdematematico.blogspot.com/2009/02/se-o-motivo-de-nao-pecarmos-e-para.html 
http://coisasdematematico.blogspot.com/2010/05/sobre-alguns-extremismos.html e por esse motivo torna-se desnecessário repetir as mesmas palavras.
Há várias coisas a se refletir sobre essas palavras tão simples e tão usadas no cotidiano. Convido a todos a fazerem o mesmo.
E no final, talvez percebamos que agora pois permanecem a fé que não é certeza, a esperança que espera desejando e o amor que a tudo dá sentido.

Pensemos…

Fabrício Veliq
04.08.2010 – 09:05

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