Sobre relacionamentos
Sabe,
já vi pessoas que não se gostam ficarem juntas e pessoas que se amam separadas;
vi verdades sendo ditas de maneira errada e atrapalhando relações que demoraram anos para serem construídas;
experimentei a dor de não ser mais o objeto de desejo da pessoa que gostava, bem como presenciei a alegria de alguns ao terminarem relacionamentos sofridos;
amei platonicamente, crendo com todas as minhas forças que o sentimento do outro seria transformado pela forma que eu o tratasse;
vi, através de outros, que a busca incessante por essa completeza nunca é satisfeita e que, na maioria das vezes, só resulta em más decisões por parte de quem a busca;
descobri que dar um fora e levar um fora é a mesma coisa quando feito em amor e que o que realmente fica é o que foi construído até esse “toco” ser dado;
presenciei dramas alheios sobre quem escolher sendo que a completude se daria se houvesse um pouco de cada um a ser escolhido;
já estive do lado a ser escolhido como do lado de quem escolhe e pude perceber que o sofrimento e a alegria são os mesmos para ambos só mudando o tempo em que cada um sente;
já me interessei por pessoas que não sonhavam o mesmo sonho, que não tinham quase nada em comum simplesmente pelo rosto bonito ou pela simpatia aparente;
presenciei a luta de alguns para abafar sentimentos latentes, bem como já observei alguns que de tanto não ter certeza, queriam convencer-se a si mesmos que amavam a pessoa com quem estavam;
vi o sofrimento alheio de querer e não poder;
já presenciei a opressão religiosa para com os “relacionamentos mundanos”, sendo há vários anos um de seus pregadores;
já vi relacionamentos entre religiosos darem errados e relacionamentos mundanos darem certos, percebendo que credo religioso e amor são duas coisas totalmente diferentes não estando nem interligadas;
já vi os que amam e não falam, esperando sempre a iniciativa do outro nunca efetivando a paixão que sentem um pelo outro e da mesma forma, vi aqueles que falam e não amam, que somente usam o outro para saciamento do desejo dispensando-o logo em seguida;
presenciei vazios em busca de vazios;
já perdi oportunidades claras;
já vi aqueles que não perceberam que aquilo que buscavam estava mais perto do que pensavam..
e vendo tudo isso, algumas coisas aprendi, outras guardei
com algumas consenti, com outras me indignei
sobre algumas refleti, sobre outras descansei
e quem sabe por esses dias, um grande amor encontrarei?
Fabrício Veliq
30.09.11 – 18:45
Interessante não perder a crença no amor, mesmo quando as condutas insistem em demonstrar que o caminho é complicado. Aliás, amar é caminhar ao mesmo lado.
Grande Fabrício!
Abs
Fabiano Borges
vejo tantos pontos que poderiam ser sobre mim tbm! 😉 gostei, Veliq!
Bom texto!! "e quem sabe por esses dias, um grande amor encontrarei?" Saiba que torço muito por vc meu amigo. Parabéns pelo texto!!!
Uma boa parte desses desencontros poderia ser evitado se não esperássemos tanto do outro.
Não esperar não significa não se preocupar ou ser indiferente. É compartilhar aquilo que se tem de bom em um determinado momento. Não pensar na continuidade, o que já desperdiça a energia do agora.
Descobriremos mais coisas se abandonarmos as certezas.
Lindo!!
Parabéns