Se me perguntassem sobre Mamys…
Se não me falha a memória, este é o primeiro dia das mães que não poderei encontrar com Mamys presencialmente. A pandemia fez com que estivéssemos distantes, falando-nos somente por vídeo conferência para que a saúde de todos nós pudesse ser de alguma forma preservada.
Assim, neste domingo não poderei chegar para o almoço pontual das 12:00, ouvir Mamys perguntando se há algum problema se ela for dormir um pouco à tarde, assistir alguns episódios de Friends com meus irmãos para, após o café da tarde com pães de queijo branquinhos, dar um pequeno tempo até ir embora, porque gosto de chegar em casa cedo. Ou, na versão 2, irmos a um shopping almoçar, agora às 11 horas para evitar filas enormes e multidões, pararmos em alguma cafeteria para tomar um café e ir cada um para sua casa porque Mamys quer dar a dormida tradicional de domingo a tarde e sempre afirma que tem que cuidar do Biduzitos e do Joquitas.
Todo esse ritual, sem ter sido jamais combinado entre as partes, já faz parte do dia das mães, sendo quase uma tradição. Na verdade, Mamys é a grande responsável por incutir em nós diversas dessas tradições. O café da Páscoa, o dia de ações de graça, ou ainda o almoço de Natal, todas essas tradições foram ensinadas a nós por Mamys e eu me sinto muito feliz por poder ter aprendido essas coisas com ela.
Mamys sabe o valor dos pequenos gestos e sempre se importa com isso. Nunca deseja presentes muito chiques ou caros, achando bem mais interessante passar um tempo com as pessoas que ama do que o presente propriamente dito. Assim, é possível que ela veja mais carinho nesse post (que por sinal é o primeiro escrito diretamente no site, e isso em homenagem à querida Mamys), do que em algum presente mirabolante que pudesse chegar pelos correios em algum dia desses.
Sempre digo que tenho a melhor Mamys do mundo. Alguém que sempre se preocupa em dar carinho, cuidar, saber como estamos, disposta a ajudar e a fazer o melhor por nós. Tenho para mim que nunca teria me tornado a pessoa que me tornei ou chegado até aqui se não fosse por todo incentivo e carinho de Mamys. Suas palavras firmes quando éramos pequenos, solicitando de nós que déssemos explicações dos textos bíblicos lidos, ou ainda suas constantes interpelações para que nós nos tornássemos conscientes de quem éramos, não deixando que outras pessoas nos definissem me ajudou a ser uma pessoa serena e que preza mais pelos argumentos e odeia as gritarias.
Outra coisa que me admira muito em Mamys é que ela sempre acredita em nós e sempre nos diz que podemos ser aquilo que quisermos ser. Em outras palavras, sempre nos ensina que quem tem um grande sonho é maior do que os que têm todos os fatos. Esse incentivo constante, aliado ao carinho e compreensão sempre são e serão a base de toda confiança e perseverança que mantenho até hoje, mesmo em momentos difíceis, quando as portas parecem não se abrir. Sua presença constante em minha vida, ouvindo e dando conselhos é de uma alegria imensa. Sinto-me extremamente abençoado por ter a Mamys que tenho.
Poderia escrever muito mais sobre Mamys, mas acho que já deu para dar uma ideia do que ela representa para mim. Ela, com certeza, sabe disso. Mas, como as palavras escritas permanecem no tempo, acredito que elas possam, de alguma forma, dizer tudo aquilo que minha presença em sua casa nesse dia representaria.
Em tempos de pandemia é preciso ser criativo para manter as tradições presentes. Este texto quer ser isso: uma homenagem sincera, carinhosa e criativa a Mamys pelo seu dia.
Me orgulho da Mamys que tenho. Não desejaria nenhuma outra.
Feliz dia das mães, Mamys!