O meu intercessor é meu amigo
O meu intercessor é meu amigo, quando diante de Deus correm lágrimas dos meus olhos. Jó 16:20
Talvez uma das coisas mais difíceis de ter hoje em dia seja um amigo. Não digo os amigos facebookianos, twitterianos, foursquareanos, digo os amigos reais, aqueles que ligam a qualquer momento, que perguntam como estamos, que fazem as perguntas que só os amigos verdadeiros fazem. Esses amigos são raros em nossos dias.
O versículo de Jó me chama a atenção, pois em sua angústia Jó lembra que “o meu intercessor é meu amigo”. Ratzinger em “Introdução ao cristianismo” chama a atenção para o Jesus que é um de nós, que se faz homem e se torna nosso irmão mais velho não tendo a necessidade de ser temido quando nos julga, pois é um de nós que nos entende. Jó também vislumbrou essa verdade. Quem advoga em nossa causa é um que se fez um de nós a fim de entender nossas lágrimas, nosso sofrimento, nossas alegrias e nossas satisfações.
Talvez o que mais nos inspira confiança é que a intercessão de um amigo é a intercessão de quem nos conhece, pois o amigo é aquele que conhece e sabe de nós aquilo que a maioria ou ningúem não sabe. Interessante pensarmos que Jesus fala em João 15: “Já não os chamo servos, porque o servo não sabe o que o seu senhor faz. Em vez disso, eu os tenho chamado amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu lhes tornei conhecido”. Ou seja, o amigo é aquele que nos conhece, aquele para o qual não há reserva.
Assim como uma amizade não depende somente de um mas da querência de dois, que queiramos ser amigo daquele que se dispõe à nós.
Não como relação de troca, antes somente amigos, pois toda verdadeira amizade nos dá a oportunidade de sermos quem somos e sermos queridos da forma que somos sem cobrar nada em troca por isso.
Fabrício Veliq
28.02.13