Desejos trazidos pelo vento
e ao vento voavam pedaços de papel naquele campo.. As crianças que ali brincavam simplesmente os pegaram e após o passar do vento, abriram cada um as suas tiras. No final, leram e jamais se esqueceram do que haviam lido. Eis a montagem que fizeram daqueles simples dizeres que pairavam trazidos pelo vento…
Desejo
que meu silêncio ecoe mais que minha voz;
que meus atos sejam eles coerentes com minhas palavras
que o falar dos meus lábios seja sempre eco do falar dos meus olhos
que minhas mãos saibam a hora de parar o trabalho
que minha corrida não seja abrupta, mas constante, não visando somente a chegada, mas contemplando o caminho por onde passo
que eu não tenha medo de assumir que preciso do outro, corroborando o mundo individualista do cada um por si e Deus por todos
que eu saiba me mostrar fraco aos poucos que me suportarão nos dias de angústias e desespero frente ao inesperado
que eu seja forte quando precisar
que eu seja simples e não complexo,
sucinto e não simplista
que fale sempre a verdade em amor, pois sem amor nada faz sentido e até a verdade pode ser destruidora
que a ânsia pela verdade não destrua o próximo
que o conhecimento não seja confundido com a sabedoria
e que as pessoas tenham sempre primazia frente aos discurso do mundo
Fabrício Veliq
04.07.12 – 15:56