Sobre os jogos de conquista
Há algum tempo, penso sobre essa questão do jogo da conquista que acontece na sociedade. Descobri que não sei jogar. Na verdade já sabia disso há algum tempo, mas agora me convenço cabalmente dessa realidade.
E talvez por não saber fazer esse jogo é que esteja sozinho até a presente data. Constantemente converso com algumas amigas a respeito disso, e elas sempre me falam que preciso fazer esse jogo da conquista.
Infelizmente é algo que nunca consegui fazer. Ora converso demais com as pessoas, com essa mania de ser psicólogo e no fim acabo sendo o amigo maior que não consegue ser visto de outra forma, ora chego de voadora revelando o interesse pela pessoa e a assusto sobremaneira, visto a mesma não estar esperando uma atitude assim tão rapidamente.
Conheço pessoas que sabem fazer esse jogo. Constantemente ouço várias histórias desses jogos sendo feitos e as pessoas se dando bem, pois a sociedade em que vivemos, em sua maioria, acredita que o jogo deve mesmo acontecer.
Eu, sinceramente falando, não gosto do jogo. Não como aqueles meninos que por não saber brincar dizem que não gostam, antes por achar que a honestidade e a clareza devem ser muito mais exaltada do que a dúvida e a incerteza das coisas.
Constantemente ouço que se se revela demais acaba perdendo a graça e que as mulheres não gostam de ter a certeza de que os homens estão caídos por ela. Não acho que deveria ser assim.
Sinceramente gostaria de encontrar alguém que pensasse da mesma forma que eu nesse quisito: que fosse sincera o bastante para assumir o desejo e da mesma eu seria sincero para assumir o desejo, sem jogos a serem jogados, simples como a vida deve ser.
No entanto, acho que estou sozinho nessa querência. Até hoje só ouvi uma mulher falando que não gosta do jogo, todas as outras gostam dessa insegurança que o outro tem que produzir e somente duas que me falaram que acreditam que o amor é uma escolha e que isso pode ser determinado se ambos quiserem que assim o seja.
Não queria ter que jogar esse jogo. Gostaria que fosse mais simples, suave e leve, acontecendo como a brisa que vem, serena e tranquila.
Talvez no final perceba que não preciso aprender a jogar, isso sim seria uma agradável surpresa…
Fabrício Veliq
03.07.11 – 19:21
Obrigado Luiza. Que bom que gostou do texto. Fico feliz em saber, bem como em saber que é mais uma que pensa dessa forma.
(eis que um post reacende a esperança sobre a face da Terra)
Ilhada em seu mundo, a náufraga que vos fala compartilha da mesma crença sobre as pessoas, e da mesma crença sobre os homens, da mesma dor (?)sobre as relações, e da mesma espécie de desejo.
reconhecimento tardio e mútuo de alienígenas entre humanos?
ou mais um jogo de conquista? rs
vou gostar se me convencer da primeira hipótese. mas só se o argumento for a Verdade.
V.A.